1. Centro Universitário Senac – SP
2. Centro de Investigação em Arquitectura Urbanismo
e Design; Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa (CIAUD; FA/U.Lisboa)
3. Instituto de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo (IAU-USP)
4. RELAB – Laboratório de Representação
(RELAB), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo
5. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo (FAU-USP)
6. Programa de Pós-Graduação em
Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu (PGAUR/USJT)
7. Universidad
Autónoma Metropolitana-Xochimilco, México (UAM) 1
8. Universidad Autónoma
Metropolitana-Xochimilco, México (UAM) 2
9. Facultad deArquitectura y Urbanismo de la Universidade de Chile
1.
No Centro Universitário Senac - SP
Título:
Experimento projetual: da
experiência da deriva à extensão das fronteiras
Professores
Responsáveis:
Myrna
Nascimento e Valéria Fialho
Monitor
responsável
Victor
Hugo Alcântara Alves
Instituição:
Centro
Universitário Senac
Local:
Quadrilátero BF (Estação
Barra Funda Metrô)
(Avenida
Antártica / Rua Marquês de São Vicente/Av. Dr. Abrahão Ribeiro/Rua da Várzea)
Duração:
2 dias
7/ 11 -
percurso do quadrilátero – atividade in
loco
14/11-
execução do modelo no Laboratório de Design Centro Universitário SENAC
Data
e horário do WS:
Sábado, 7
de novembro, 2015 – das 9:00 às 15:00 -
Trajeto e Trama
Sábado,
14 de novembro de 2015 – das 8:00 às 18:00 -
Público
alvo:
Estudantes
de graduação em Arquitetura e Urbanismo e/ou Desing
Vagas disponíveis:
25 vagas
(5 grupos de 5 alunos) o workshop será gratuito
Resumo
da proposta:
A transumância nômade, geralmente considerada
como o arquétipo de qualquer jornada, constitui na verdade o desenvolvimento
das intermináveis saídas dos caçadores do paleolítico, cujos significados
simbólicos foram traduzidos pelos egípcios por meio de KA, o símbolo do eterno errar. (CARERI, 2002).
Viajo para conhecer a minha
geografia (REJÀ apud BENJAMIN, 1991)
Qualquer coisa, que não fique
ilesa; qualquer coisa que não fixe “
(Arnaldo Antunes, Qualquer)
O tema: PERÍMETRO–
EXPERIÊNCIA - FRONTEIRA
1ª
ATO: A proposta alinha-se com questões presentes no projeto de pesquisa: Metamorfose Urbana, cuja
principal questão é estudar e discutir as transformações ocorridas na cidade
contemporânea, transcendendo os limites em que estavam circunscritos lugares,
cantos e fragmentos reconhecíveis pela sua população.
Na
metrópole que se modifica a cada tempo, a noção de espaço é refém das
possibilidades de se ativar e multiplicar percepções, advindas de distintas
experiências no meio citadino, pessoais e coletivas, capazes de inaugurar novas
fronteiras e reconhecer imprecisos contornos na trama orgânica que abriga o
inquieto, volúvel e errático fenômeno urbano.
O corpo: TRAJETO –
SENSAÇÃO – TRADUÇÃO
2ºATO:
Encontrando na hipótese de experimentar a tradução do trajeto em um percurso
definido, “quadrilátero”, a proposta alinha-se ao Trabalho de Conclusão de
Curso do graduando Victor Alves, Um
experimento projetual,[1]
propondo que o trajeto desenvolvido pelo grupo seja registrado como uma
rota, traduzida em uma linha “limite”, imaginária, desenhada em suporte
bidimensional, cuja evolução é contaminada pela sensações percebidas,
“acidentes de percurso”, constatações passageiras que sugerem inscrições,
marcações e codificações específicas para distinguir as ocorrências
experimentadas ao longo e durante o percurso.
O espaço: MATÉRIA –
INTERVENÇÃO – REPRESENTAÇÃO
3º
ato: As “linhas imaginárias”, que percorreram o caminho “quadrilátero” e se
projetaram como memória dos acontecimentos vivenciados, são tratadas como
camadas de uma experiência perambulante e coletiva da, e na cidade.
Recortadas
em papelão e sobrepostas, estas linhas organizam e configuram um volume
tridimensional único e diverso, resultante do conjunto de deslocamentos e
sensações de cada grupo separadamente. Justapostos em um “túnel contínuo”, os
planos alterados pelas intervenções, sugeridas e relacionadas a cada um dos
trajetos, exibem, em sua superfície e, consequentemente, alteram a espessura da
estrutura tridimensional, com marcas e vestígios da deriva realizada pelos
participantes deste Workshop, individualmente e como grupo.
Representada
como um “túnel”, a deriva pode ser experimentada por outros convidados, como
espacialidade derivada da matéria, qualificada e modificada pela vivência dos
protagonistas e da passagem de seu corpo naquele segmento da cidade.
Objetivo do WORKSHOP
1. Conjugar ações do campo do Ensino e da Pesquisa, em atividades
aplicadas;
2. Atender ao tema “novas fronteiras” e a
estratégia da “ deriva”, propostos para a realização do IIIº Seminário
Internacional Representar – 2015
3. Explorar possibilidades de discutir “o
ensino do projeto” através:
·
da
possibilidade da linha (trajeto) traduzida em superfície (plano/rota de
experiências), representar e promover experiência em volume/ estrutura
tridimensional ( espacialidade urbana);
·
da
oportunidade de descobrir (experimentando), como o manuseio da materialidade
pode assumir e revelar a consciência da produção do raciocínio projetual da
espacialidade.
·
[1] Trabalho de Conclusão de Curso sob orientação da Prof.ª Dra. Myrna Nascimento, cujo objetivo principal é apresentar propostas para se repensar atitudes presentes no “ato de projetar”, distintas das adotadas pela metodologia convencional. O trabalho defende a adoção de estratégias experimentais no ensino da Arquitetura como recurso gerativo de resultados projetuais imprevistos pela metodologia convencional, solucionando demandas contemporâneas almejadas pelos indivíduos que habitam, trabalham, transitam e convivem-na cidade
[3]Categorías como volumetría, escala y proporción; envolvente, cavidades, concavidades; número, ritmo; solidez, ligereza; rigidez, elasticidad, vanos, ciegos, luz, sombra, entre otras más que se analizan en el aula.
[4] La sinestesia como combinatoria de sensaciones y la cinestesia alusiva a la posición del cuerpo y el movimiento.
2.
No C.I.A.U.D; Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa
(FA/U.Lisboa)
Título:
“À FLÔR-DA-PELE: Desenho e
Representação da Cidade”
Professores
Responsáveis:
Pedro António Janeiro; Ivo
Covaneiro (Monitor do Workshop)
Instituição:
Projecto
de Investigação ARQUITECTURAS IMAGINADAS, Representação Gráfica Arquitectónica
e Outras-Imagens, C.I.A.U.D.; FACULDADE DE ARQUITECTURA, UNIVERSIDADE DE
LISBOA, F.A.U.Lisboa
Local:
Bairro
Alfama, Lisboa
Duração:
24 horas
Data
e horário do WS:
14 de novembro
de 2015, ínicio às 10h00
Público
alvo:
Alunos
de Arquitectura, Urbanismo e Design
Vagas disponíveis:
20 vagas
Resumo
da proposta:
[O Workshop À Flôr-da-Pele: Desenho e Representação da Cidade é um trabalho de
campo do Projecto de Investigação ARQUITECTURAS
IMAGINADAS, Representação Gráfica
Arquitectónica e Outras-Imagens, C.I.A.U.D.; FACULDADE DE ARQUITECTURA,
UNIVERSIDADE DE LISBOA, F.A.U.Lisboa.]
Desenha-me um pássaro a sépia com uma linha
Na concha que é as palmas das minhas mãos,
Que voe mais alto que a Pintura,
Que não tenha medo quando a pique,
Que da ilusão faça elmo,
Que por príncipe me tome
Como por tão certo
Este todo o meu sangue
Opalino feito em pedra.
Um tronco que acho
Numa praia de prodígios
Em tudo semelhante a um touro num lugar pagão:
Em negros,
Brancos que arrepiam
E cinzas de carne humana sem cheiro,
Sem nada, entre lilases.
Sabe-me a sangue a boca
Por tanta a saudade,
Por ver desesperadas crianças como eu fui
A um canto
A imaginar o mundo
Na mais suprema certeza de não terem sequer
existido,
À espera
Que o estoque as fira,
Mas sem doer,
No centro do centro
Daquilo que faz com que os seus olhos vejam
Enquanto choram flores
Sob um tecto de nuvens que enrolam densas
Gritos de anjos
A quem foram queimados, a poder de lume,
Os olhos
Porque me alimento do fundo que o mundo me dá.
O desenho é um objecto. Desenhar é
aumentar o mundo.
Lembro-me
de uma criança que desenhava no chão com um pincel e água num pátio de cimento
afagado. Com água ia dizendo com linhas e manchas pássaros, casas, paisagens;
desenhava o que via; inventava mitologias privadas; apontava para o desenho e
dizia “Sou eu”. Quando o desenho era grande, subia a uma nespereira sobranceira
ao pátio para ver o desenho de cima. Um dia, deslumbrado com o que via enquanto
chamava “eu” àquilo que via, caiu e partiu o braço. No dia seguinte a árvore
não estava lá: tinha sido cortada rente à terra. Esta imagem sempre me
impressionou.
Lembro-me
do Piotr: Piotr era um boneco animado polaco, inteligente, mas muito alegre. O
Piotr do cão amarelo, que sempre que enfrentava algum perigo lhe aparecia um
duende que lhe emprestava “o lápis mágico”. O lápis com que Piotr desenhava no
chão tinha a capacidade de materializar tudo o que Piotr desenhava ou desejava:
se um par de asas brancas, Ícaro; se um barco à vela, navegador; se uma praia,
náufrago.
Lembro-me
dos desenhos feitos com o dedo no sujo dos capots dos carros; nos vidros
embaciados.
Lembro-me
dos desenhos com uma pedra de giz no negro do asfalto; a mão de um homem
impressa ou soprada a ocre nas paredes de Lascaux.
Um
desenho al vif, entre outras coisas, é uma espécie de fragmento que eu recorto
e roubo à realidade.
Desenhar
é um roubar lícito: porque aquilo que o desenho rouba, devolve-o ele próprio em
dobro, ou em mais, à realidade roubada. O produto do meu saque é mais um
objecto no mundo: o meu desenho é o meu roubo e a minha entrega. Digo que tiro,
mas sei que dou.
Se
desenho sobre um papel, roubo e trago a realidade roubada debaixo do meu braço.
Interessante
seria se esse desenho que faço daquilo que digo que vejo fosse abandonado na
própria cena do crime; se esse desenho, que é mais um objecto no mundo, fosse
alimentar essa realidade que consente ser roubada pelos olhos (para que os
outros quando a vissem, a vissem também através de um seu desenho; ou, se a
desenhassem, a desenhassem desenhando também o meu desenho) – isto no caso do
suporte escolhido ser uma superfície imóvel como uma parede, o asfalto, o vidro
de uma janela, etc; ou ainda, de um outro modo, interessante seria, se o
suporte escolhido for móvel, como o capot de um automóvel ou uma folha de
árvore, o desenho construido pudesse viajar para longe daqui dando a conhecer o
aqui-roubado. Mas porque não sobre o papel?
Porque
o papel obriga-me a enquadrar aquilo que eu vejo segundo critérios
preestabelecidos pela sua dimensão e pelo seu formato standartizado. Se eu não
desenhar sobre o papel tenho o mundo inteiro para construir o meu desenho, sem
limites. A dimensão, a escala a que desenho, escolho-as eu.
O
papel antes mesmo do desenho ser desenho, já o predica. O quadrado e o
rectângulo querem ser expostos.
O
meu desenho é a ponte estreita sob o precipício que me separa das coisas. Só
por isso vale a pena desenhar porque desenhar é esticar o corpo e tocar nas
coisas, elas mesmas como vividas por mim em mim.
Talvez
por isso eu hoje em dia tenha escolhido as palmas das minhas mãos e a minha
própria pele como suporte do meu desenho. Sem o papel como suporte ou outra
superfície, ganho mais: ganho aquela espécie de sedução que quem desenha
conhece quando se sente o confronto da ponta do lápis ou da esferográfica com a
superfíce que se ataca. Desenho assim em dobro porque sinto o desenho a
acontecer na mão que desenha e na mão que consente o desenho. O meu corpo é o
meu princípio e o meu fim, o meu desenho a minha ressurreição.
MATERIAIS:
Canetas
de gel de várias espessuras, pincéis, aguarelas, etc.
Fundamental:
máquina fotográfica.
3.
No Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo (IAU-USP)
Título:
"Oferendas" -
Jogo-performance
Professores
Responsáveis:
David M.
Sperling; Fábio L. S. Santos; Joubert Lancha; Luciano B. Costa; Paulo Castral;
Ruy Sardinha Lopes; Simone Tanoue Vizioli
Instituição:
Instituto
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP)
Local:
latitudes
e longitudes da cidade de São Carlos, Brasil
Duração:
2 dias
Data
e horário do WS:
Quinta e
sexta-feira, 05 e 06 de novembro de 2015 (9h00 – 17h00)
Público
alvo:
Estudantes
de graduação e pós-graduação em arquitetura
Vagas disponíveis:
20 vagas
Resumo
da proposta:
(Des) > desenhar > [Re] > configurar
> (Des) > locar > [Re] > propor > (Des) > vendar > [Re]
> compor > (Des) > encontrar > [Re] > quebrar > (Des) >
colar > [Re] > perder > (Des) > cobrir > [Re] > fazer >
(Des) > trocar > [Re] > encontrar > (Des) > criar > [Re] >
travar > (Des) > marcar > [Re] > partir > (Des) > virar >
[Re] > fundar > (Des) > territorializar > [Re] > mover >
(Des) > significar > [Re] > envolver > (Des) > montar > [Re]
> compartilhar > (Des) > juntar > [Re] > cortar > (Des) >
dobrar > [Re] > oferendar > Fronteiras
"Oferendas" -
Jogo-performance
Jogo-performance
coletivo como dispositivo para
A. (Des)desenhar fronteiras
B.
Realizar derivas
C.
(Des)locar mídias locativas
D.
Criar fábulas
Regras
1. Defina o intervalo de latitudes e longitudes
da região urbana onde se pretende (des)desenhar fronteiras/realizar
derivas/desnaturalizar mídias locativas/criar fábulas.
2. Selecione 20 participantes.
3. Organize os participantes em um número
específico de equipes, respectivo ao número de oferendas desejadas ao final do
jogo.
4. Sorteie a ordem das equipes.
5. Cada equipe deve escolher uma combinação de
latitude e longitude pertencente à região urbana do jogo como local para sua
oferenda, definindo-se subsequentemente as geolocalizações 1, 2, 3...
6. Munidos com dispositivos móveis de
geolocalização, todos os participantes seguem à geolocalização 1. Neste local,
a equipe 1 deve escolher um objeto a ele pertencente (site-specific) a
ser trasladado para a geolocalização 2. Em seguida, todos os participantes
seguem para a geolocalização 2, onde a equipe 1 realiza sua oferenda (escultura
implantada).
7. A etapa 5 deve ser repetida tantas vezes
quanto o número de equipes no jogo.
8. A última geolocalização deverá repetir a
primeira, fechando-se um ciclo.
9. Todo o ritual, os percursos, as
geolocalizações e oferendas devem ser cartografados por meio de mapas,
fotografias e vídeos, segundo a seguinte lógica:
objeto
N = geolocalização N → geolocalização (N+1)
Referências
Quando a fé move montanhas (2002), Francis Alys
Você gostaria de participar de uma experiência artística? (1994 > ), Ricardo Basbaum
Message
in a Bottle (2004), Layla Curtis
Monochrome Landscapes (2004), Laura Kurgan
4.
No RELAB – Laboratório de Representação (RELAB), Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo
Título:
Sistemas de representación para el estudio de usos
urbanos temporales en la ciudad de São Paulo
Professores
Responsáveis:
Artur
Rozestraten, Vera Pallamin (RELAB, FAU-USP), Paula Rodríguez Monroy (profesora
invitada Universidad Mayor, Chile)
Instituição:
Laboratório
de Representação (RELAB), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade De
São Paulo
Local:
São
Paulo, Brasil
Duração:
1 semana
Data
e horário do WS:
Estudantes
de graduação e pós-graduação em arquitetura
Vagas
disponíveis:
30 lugares
Outros
dados importantes:
Formato
de entrega: 1 lámina formato A1
Número
de integrantes por grupo: 1 a
3 personas.
Resumo da propuesta:
La
investigación “Sistemas de representación para el estudio de usos urbanos
temporales en la ciudad de São Paulo” por tanto, busca la observación y
registro de fenómenos que se gatillan durante un tiempo determinado, mediante
distintas formas de representación, para así hacer tangible su lectura. Apunta
a constatar:
cambios que
generan en la configuración del espacio público
elementos y
materiales que interactúan.
límites
macados y difusos en el entorno inmediato a partir de su existencia.
Todas estas
observaciones serán registradas en fragmentos urbanos de la megalópolis. Se
definen dos tipos de usos temporales:
1. Tácticas urbanas planificadas
por organismos públicos y/o colectivos, que modifican y activan el uso de
infraestructuras subutilizadas, con el fin de generar un impacto positivo en el
contexto inmediato y el aprovechamiento de éstas como espacio urbano de
convivencia.
2. Infraestructuras informales de
construcción progresiva, desarrollada de manera espontánea por
comerciantes locales, para el despliegue de actividades laborales, donde el
espacio urbano se presenta como una oportunidad y zona estratégica.
Lecturas a las
que se pretende apuntar:
Reinterpretación del “urbanismo permanente” por “urbanismo dinámico”.
Fenómeno de
ciudad suave o “soft cities” construido por personas, materiales livianos y
límites permeables.
2) HERRAMIENTA DE
INVESTIGACIÓN:
La
representación como constructo de fenómenos temporales intangibles. Serie de
capas contenedoras de información que registrarán eventos propuestos como
objeto de estudio. La superposición de estas capas, será la herramienta para
descubrir y resolver el problema de investigación, con bases en la evolución,
progresión y sumatoria del material. Gracias a los sistemas de representación
(Registro fotográfico progresivo, collage, diagramas de mapeo, escritos) se
pretende construir una visión crítica en torno al objeto de estudio.
3) ARGUMENTO TEÓRICO:
Se construye
una mirada renovada de los eventos y sus efectos, al utilizar las herramientas
de investigación, observando la superposición de capas como un nuevo sistema de
apreciación de eventos intangibles, materiales e inmateriales. A su vez, este
punto va a reafirmar o cuestionar la real pertinencia de las observaciones
pre-establecidas en el punto 1. Al ser todo medio de representación, una
herramienta subjetiva de la realidad, éstos serán complementarios a una
discusión posterior entre distintos lectores, abordando interpretaciones
respecto los fragmentos de ciudad aquí registrados y el comportamiento de sus
distintos usuarios.
5.
Na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo (FAU-USP)
Título:
ARQUIGRAFIA de linhas imaginárias
Professor
Responsável:
Artur Simões Rozestraten
Pós-graduandos
colaboradores:
Juliano Carlos Cecílio Batista Oliveira - Núcleo de
Linguagem, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design, Universidade Federal
de Uberlândia - UFU
Rodrigo Luiz Minot Gutierrez – UNIUBE
Daniele Queiroz dos Santos – Grupo de Pesquisa
CNPq ‘Representações: imaginário e tecnologia’ - FAUUSP
Instituição:
Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP)
Apoio e parcerias:
FAPESP
(2012/24409-2)
RELAB
– Laboratório de Representações da FAUUSP
NaWeb
– Núcleo de Apoio à Pesquisa em Ambientes Colaborativos na Web
Grupo de
Pesquisa CNPq ‘Representações: imaginário e tecnologia’
Local:
Vários e diversos em diferentes cidades
brasileiras
Duração:
entre 03 e 21/11/2015
Data
e horário do WS:
a critério dos interessados
Público
alvo:
Estudantes
de arquitetura e urbanismo, estudantes de design, de artes plásticas, de artes
visuais, de história, de geografia, de psicologia, de filosofia, das
engenharias, de ciências sociais, de arqueologia, de antropologia, de música,
de dança, de artes cênicas, de letras, arquitetos, fotógrafos, professores e
leigos interessados no tema.
Vagas disponíveis:
Ilimitadas e gratuitas, sem necessidade de inscrição prévia.
Resumo
da proposta:
É
possível pensar, como propôs Heidegger (2002), que “o limite não é onde uma
coisa termina mas, como os gregos reconheceram, de onde alguma coisa dá início
à sua essência. ”
É do
limite para dentro que se conforma um objeto, um lugar, um conceito, uma
palavra, uma imagem. Para fora desses limites há o mundo indistinto, o espaço
sem lugares, uma extensão amorfa a princípio.
O muro témenos dá início ao santuário. A partir
dele tem início uma epifania no espaço natural homogêneo. Ali habita um Deus e
haverá altares e templos. Sempre encontraremos esse muro pelo lado de fora.
Viremos sempre de fora para dentro. O muro períbolo delimitará uma linha
cosmogônica do universo dentro do universo, como poderia dizer Focillon (1981).
Perambulando
investigaremos esse interior antes com a imaginação, extensão sonhadora que
antecipa e guia os sentidos. Depois, passado o muro, seguiremos imagin-vendo de
dentro para ainda mais adentro. Na outra extremidade do dentro, depois do
dentro mais profundo, do lado de lá estaremos novamente fora.
O
horizonte de Brasília não é onde a cidade deixa de ser, mas a linha horizontal
a partir da qual a cidade centrípeta converge para ser o que é, para além do
que se imaginou que seria outrora.
Na
tríplice fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai, no encontro dos
rios Paraná e Iguaçu, o que surpreende é a surrealidade da semelhança. Naquela
natureza tripartida, artificial é a cisão que não convence nem a imaginação nem
os sentidos. Postos em um dos vértices estamos onde poderia estar o outro,
triplamente espelhados. Talvez daí Borges tenha intuído a condição onírica de ‘O
Outro’, deslocada inadvertidamente (ou especularmente?) para as margens
setentrionais do rio Charles, ao norte de Boston, em Cambridge.
Ali onde
o marco indica que passa a linha do Trópico de Capricórnio, do Equador ou de
Greenwich surpreende a indiferença da natureza quanto a um lado e o outro.
Prova disso são os pássaros e as crianças que cruzam por ali resolutos e
absolutamente distraídos.
A
dialética da fronteira se posta firme na oscilação paradoxal da
(des)continuidade. Início ou fim, inferno ou paraíso, tangível ou
inapreensível, interior ou exterior?
A linha
d´água da baía de Santos era para as naus portuguesas o começo de um mundo.
Para as tribos indígenas que habitavam o planalto e desciam pelo Peabiru para o
litoral no inverno ali também era o início de um mundo. O mundo salgado e
aquático de espumas revoltas que expele homens brancos ocasionais.
Costumamos
pensar a partir de dentro, mais facilmente, as fronteiras distantes. Linhas
imaginárias pendentes sobre rios longínquos, tracejadas sobre o mar aberto,
descontínuas nos desertos, finíssimas no solo úmido das matas selvagens,
grafadas com precisão em extensos espaços ortogonais de solidão. Sob elas
correm eventualmente outras linhas supostamente mais concretas como formatos
engenhosos e variados: cercas elétricas, grades, minas, linhas de laser, arames
farpados, valas, muros e baterias de mísseis.
Muito
mais raramente percebemos as fronteiras das cercanias, excessivamente
familiares, demasiadamente próximas e presentes para perturbarem nossos
limiares perceptivos. Estão tão dissolvidas em uma plácida permanência
perpétua, tão arcaica e profundamente assimilada, que se internalizam
inabaláveis e intransponíveis.
Michel
Serres (2014) nos conta que durante uma madrugada em 1995, um forte terremoto
derrubou as grades das jaulas do zoológico de Kyoto, no Japão.
Surpreendentemente não houve uma debandada geral dos animais selvagens. Os
animais nem se moveram, na verdade. Estavam tão acostumados àqueles limites
incontestáveis que nem mesmo ensaiaram confrontá-los para testarem uma vez mais
sua óbvia permanência. Fato é que caíram as grades reais, não as imaginárias.
Essas são muito mais persistentes.
Conseguiremos
reconhecer nas várias escalas, entre os lugares que nos envolvem e os espaços
que imaginamos, as fronteiras que nos cercam? Seremos capazes de nos mover
entre elas e captar imagens fotográficas de suas manifestações sensíveis? Serão
todas visíveis, representáveis, afinal? Podemos experimentá-las, dilatá-las,
reconfigurá-las, descontruí-las, ultrapassá-las?
Estas
reflexões preliminares reorganizam o mote do III Seminário REPRESENTAR para uma
experiência coletiva de derivas urbanas fotográficas que podem ser realizadas
de maneira não-coordenada e assistemáticas, em diferentes cidades brasileiras,
tendo como campo de convergência o ambiente colaborativo de imagens ARQUIGRAFIA
< www.arquigrafia.org.br > e a hashtag #representar2015 .
A partir
de convites feitos via Web aos usuários atualmente cadastrados e a novos
usuários em potencial essa atividade irá envolver ações e reflexões diretamente
sobre a plataforma ARQUIGRAFIA: uploads, intercâmbio, registro de impressões,
formulação de comentários e a análise conjunta de uma constelação original de
imagens digitais.
Espera-se
que essa proposta contribua com os objetivos do Seminário de compartilhar
experiências com diferentes óticas de abordagem sobre o problema das
representações da arquitetura, do urbanismo e do design na conjuntura técnica e
social contemporânea a partir de ensaios aproximativos, experimentais e
interrogativos que se valem do deslocamento do olhar, da fotografia digital e
das práticas colaborativas na Web.
Referências
bibliográficas:
BORGES,
Jorge Luis. O Outro. In: O Livro de Areia. Tradução: Davi Arrigucci Jr. São
Paulo: Companhia das Letras, 2009.
FOCILLON, Henri. Vie des Formes. Paris: PUF, 1981.
HEIDEGGER,
Martin. Construir, habitar, pensar. In: Ensaios e Conferências. Tradução:
Márcia de Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis: Vozes, 2002.
SERRES, Michel. Jungle dans la ville. In: Nouvelles du
monde. Paris : Flammarion, 2014.
6.
No Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade São Judas Tadeu (PGAUR / USJT)
Título:
Imãs e derivas da Mooca: uma
aproximação poética ao espaço urbano do bairro
Professores
Responsáveis:
Eneida de Almeida, Fernando
Vázquez Ramos e Maria Isabel Imbronito
Programa de Pós-graduação em
Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu
Local:
Unidade Mooca (Rua Taquari
546, Mooca – São Paulo)
Duração:
1 dia
Data
e horário do WS:
Sábado, 14 de novembro de
2015 (9h00 – 16h00)
Público
alvo:
Estudantes de graduação e
pós-graduação em arquitetura e/ou design
Vagas disponíveis:
25 vagas
(o workshop não será cobrado, porém uma lista de material será enviada aos
alunos)
Resumo
da proposta:
Um bairro não está determinado somente
pelos fatores geográficos e económicos, mas sim pela representação que seus
habitantes e os de outros bairros têm dele.
Chombart de Lauwe, 1952
Como
parte das atividades do III Seminário Internacional Representar 2015, e com o
apoio do PGAUR/USJT, propomos realizar um trabalho de aproximação poética à
percepção do bairro da Mooca, em São Paulo. Antigo bairro fabril, teve seu
desenvolvimento impulsionado no final do século XIX, com a fixação de
importantes indústrias têxtis e com a acomodação das moradias dos operários
empregados nesses estabelecimentos, em sua maioria imigrantes. O bairro,
contudo, foi alterando suas feições e modos de vida, à medida que se passa de
vila a cidade e sucessivamente a metrópole num arco de tempo bastante breve.
Nos
anos 1970, em um contexto bastante distinto daquele de origem, a implantação da
Universidade São Judas concorre para a consolidação de novos aspectos socioculturais.
O que se observa é a presença dessa instituição como um verdadeiro imã que
atrai cerca de 16.000 universitários todos os dias e que movimenta um
importante polo de atividade juvenil fora da área central e comercial da Mooca.
O campus da USJT está localizado em ponto estratégico, defronte às instalações
da Subprefeitura da Mooca (envolvidas por uma significativa área verde, antes
ocupada pelo antigo Hipódromo), e não muito longe da que fora a mais importante
fábrica do bairro, o Cotonifício Crespi, fundado em 1897, e hoje transformado
em centro comercial.
Enquanto
fragmento de cidade, o bairro da Mooca pode ser compreendido como um marco
urbano de concentração de atividades culturais, institucionais e comerciais,
também ele uma espécie de imã urbano (Koolhaas), ponto singular de atração numa
cidade que tende inexoravelmente a tornar-se genérica, abandonando tudo o que
não funciona e deixando de lado o que não se enquadra numa lógica utilitária e
imediatista, excluindo, portanto, a memória e a história.
Dentro
desse contexto, entendemos que a representação da cidade, sendo de natureza
imaterial, embora se vincule às suas estruturas, aos seus artefatos, não se
limita ao registro do seu corpo material. Ao contrário, incorpora as práticas
que, além de lhes dar forma, conferem-lhe sentido e legibilidade, como um
palimpsesto (Eisenman), uma superfície escrita e reescrita. Disso decorre a
proposição de que cabe a nós ler o mundo e escrevê-lo através de um amplo leque
de coordenadas (físicas ou psicológicas, artísticas ou técnicas) que nos são
acessíveis, tanto no papel de produtores de sentido, como na condição de
receptores de informação.
E,
ainda que possamos entender um “mapa” como uma abstração, podemos também pensar
que a criação de um mapa mais do que a construção de um quadro formal de
espaços abstratos, é um ato criativo e dinâmico que indica uma forma de
intervenção (realizada ou por vir) no território real. Mapear, segundo essa
perspectiva, não corresponde a uma ação neutra e a construção de um mapa não se
apresenta como um ato simplesmente racional e técnico. É possível afirmar que
qualquer ato de observação e registro incorpora uma dimensão subjetiva e até
inconsciente. Portanto, o ato de mapear pode ser concebido como uma forma de
concentrar informações – objetivas ou não – produzidas por observações que se
considerem pertinentes e indicadas para a utilização a que se presta. Um mapa
do metrô, por exemplo, é só um diagrama de linhas e pontos, onde só estes
últimos têm alguma importância para o usuário, cuja meta é localizar a estação
aonde se quer chegar.
A
proposta do workshop concentra seus esforços na produção de alteração de
modelos de observação, usando várias estratégias que permitam o desenvolvimento
de novos “desenhos interpretativos”, pois a cidade não é todos os dias a mesma,
e nós não somos os mesmos cidadãos todos os dias. Que cidade é essa na qual
cada dia nos deparamos com uma realidade diferente? A ampliação dos processos
de observação favorece o contato sensível com a cidade enquanto fenômeno
complexo em constante transformação.
Essa
complexidade requer um reposicionamento nos processos de produção de registro,
além disso, é necessário compreender como recombinar diferentes meios de
representação: textos, desenhos, fotos, gravações, mapas, satélite, etc.
Acrescente-se
a isso, que a realidade com a qual nos defrontamos na cidade é, de fato, uma
paisagem residual produto de uma urbanização dispersa, que requer de entender
conceitos muito amplos, como poderiam ser as ideias do Drosscape (Alan Berger) ou do Terrain
Vague (Solà-Morales). Formas de aproximação descontínua ao território
supostamente unificado da cidade, fluxos e sintonias dentro de campos
gravitacionais amplos, muitas vezes desconexos, sem um sentido geral. A cidade
não é uma unidade territorial, é um acúmulo de tensões que distorcem a
percepção, e o uso, da cidade como uma “pele elástica” (a Urban Flotsam de
Raoul Bunschoten).
Diante
do exposto acima, propõe-se a “Deriva” com um método de observação e de
construção de narrativas acerca da cidade. Esperamos conseguir revelações de
quem anda “à deriva”, por meio de processos de edição de imagens nos quais o
participante interfere de forma consciente e interpretativa sobre o que viu e
sentiu.
Entendemos
esta nova concepção de cartografia como uma forma de apropriação dos rastros
deixados pelos caminhos, convertendo-os, eles próprios, em representação, em
paisagem. A cartografia não só representa esses percursos, mas os faz evidentes
e apreensíveis, coisa que não são no território.
Como
os pontos de partida e de chegada da deriva
são indiferentes, de acordo com Debord, propomos usar a Unidade Mooca da USJT
como ponto, ao mesmo tempo de chegada e de partida para uma experiência de
mapeamento da cidade de São Paulo, e do bairro da Mooca.
Os
participantes serão solicitados para perceber eixos de deslocamento,
localizações espaciais e determinação de lugares de significação, novos
labirintos, partindo de qualquer ponto da cidade (provavelmente as próprias
residências) em direção ao imã da USJT na Mooca, onde realizaremos uma primeira
aproximação à criação coletiva de um “mapa” rizomático do percurso dos
participantes. Numa segunda etapa de trabalho, os participantes deverão assumir
a condição de sujeito narrador, definindo o que farão. No final do dia, as
informações serão agregadas aos mapas anteriores sob a supervisão dos
professores coordenadores. O resultado final será compartilhado com as demais
instituições que tomam parte deste Seminário.
7.
En la Universidad Autónoma Metropolitana-Xochimilco,
México (UAM) 1
Título:
Recorrer y Narrar el Territorio: Interfases en la Ciudad.
Profesor
Responsable:
María del Carmen Ramírez Hernández
Institución:
Proyectos de
investigación vinculados. LA POIESIS DEL PAISAJE: El diseño de paisaje, es un
acto creativo. El lenguaje, un acto poético. Aportaciones a las Ciencias y
Artes para el Diseño y LA FACHADA, INTERFASE ENTRE LA CASA Y LA CIUDAD: Modelo
de escalas dimensionales e interfases (ya concluido). Licenciatura en
Arquitectura, Posgrado en Diseño. Universidad Autónoma Metropolitana-Xochimilco
Local:
Ciudad de México, Periférico Oriente
Duración:
24 horas
Fechas y
horários del Taller:
12 y 13 de noviembre de 2015 (Ocho horas por día y ocho horas de
trabajo el fin de semana para concluir la experiencia)
Público:
Alumnos de Arquitectura de la Universidad Autónoma Metropolitana,
Unidad Xochimilco
Lugares
disponibles:
30 alumnos
Resumen de la
propuesta:
|
El workshop
“RECORRER Y NARRAR EL TERRITORIO: Interfases en la Ciudad”, es una
exploración-deriva de la senda
Periférico Oriente, en esta experiencia se vincula el trabajo de investigación
y la docencia que son parte de las
actividades sustantivas de la UAM Xochimilco.
Ciudad-es
Ciudad de cal y canto,
ciudad de
sueños y utopías.
ciudad que se trasmuta
que es transgredida,
transformada
apropiada, violentada, amada.
Ciudad de
lo visible e invisible,
ciudad de dioses,
ciudad humana.
ciudad mito, leyenda, caos
ciudad babel
Ciudad de los felices e infelices.
ciudad de
ausencias y perdidas,
ciudad de la diversidad.
hombres, mujeres, homosexuales
puntos cardinales que se oponen y
en conjunto orientan.
¿Dónde? ¿Cómo? ¿Hasta cuándo?
¿Podremos
coincidir?.
en el espacio
en las interfases
en el andar errante
en el viaje
en el tiempo
en las texturas
en los materiales
¡en la luz!.
¿Por qué?
¿Por qué siempre la polarización?
¿Por qué fronteras?
Tú -yo
blanco-negro
hombre-mujer
profano-místico
sagrado-divino
tradición-modernidad
público-privado.
Observar-habitar
Microscópico-macroscopico
Peatones-autos
¿por qué, ciudad vieja ó ciudad
nueva?
ciudad vieja invita
a ser recreada, que no
reconstruida.
ciudad nueva invita
a ser descubierta e inventada.
ciudad para lo profano
ciudad para lo divino.
espejo, reflejo, ¡ explota!
¿cómo unir las partes?
añicos en mil pedazos........
(Carmen Ramírez)
Los vientos de febrero y marzo, impelen la viscosa y amarillenta nata de detritus que cubre el Valle de México, otrora la región más transparente. Apresuro el paso para arribar a la colina donde se mixtura lo prehispánico y lo colonial, una pirámide como basamento de las cruces de la pasión, al poniente de Santa María del Monte se entretejen hasta confundirse, no se sabe dónde termina una y empieza la otra o lo otro. Son casi las cinco de la tarde, los últimos rayos del sol empiezan a licuarse, el cielo se tiñe de tonos naranjas, rosados y violeta. La luz pone de manifiesto sus destellos dorados bañando el lomerío, delineando los irregulares contornos de los planos que se intercalan a lo lejos de una ciudad de veleidosa geometría. Tibia y ruborizada la tarde va cediendo su abrazo luminoso al reposo de la noche, las grietas, intersticios, hendiduras y fronteras (al suroriente el periférico escinde una porción de ciudad y cede a las inflexiones que lo convierten en una serpenteante senda) de una envejecida ciudad se disimulan envueltas por las sombras cómplices de la penumbra, la luna silente nos envuelve.
De pronto
empiezan a explotar chispas, luces, destellos que se observan a través de las
ventanas que confirman el adentro y el afuera, replicando la inconmensurable
maravilla del cosmos…afuera me despido de la tarde y el ultimo rayo de sol besa
mi frente, su cálido destello me estremece. Vuelvo sobre mis pasos, un prodigio
más de la naturaleza se consumó. Pero la noche tiene su encanto, las luces
perfilan las siluetas de la arquitectura y hacen danzar sus rígidos contornos.
Se devela la relatividad del espacio-tiempo, el paisaje natural se transmuta
abruptamente en el paisaje del hombre…y entre ellos, intersticios, fronteras, lugares
de todos y de nadie.
Hoy se hace
evidente la intervención del ser humano en los paisajes urbanos (Y las
fronteras) y la importancia que estos han tenido, no solo como contenedores del
acontecer histórico, sino como posibilidad de encontrarse con lo bello, lo significativo y simbólico
para dar un nuevo sentido a su
existencia, pero... ¿Qué se ha hecho para protegerlos, resguardarlos y comprometer a los habitantes
así como a los representantes de los distintos niveles de gobierno en esta responsabilidad
compartida de gestión, diseño, planificación y conservación de paisajes y
particularmente de sus fronteras-interfases?
Esta
oportunidad pretendemos acercarnos a los
procesos sociales que se gestan en el
contexto inmediato a ambos lados del periférico
oriente, a través de la investigación cualitativa, específicamente la deriva,
dado que nos permite aproximarnos a lo inesperado, lo fugaz y lo insólito como
características inherentes a la cotidianidad y
que hacen evidente su naturaleza inestable y su reconstrucción
permanente.
Dejarnos
llevar por la ciudad es el primer paso (este ejercicio nos permite dar
continuidad al workshop realizado en Representar 2013, “Recorrido Sensible” a
través mirada que propone la figura del
Flaneur), en sentido literal y metafórico, perdernos en un eterno errar,
volvernos mirones y caminantes, “Caminar observando y observar caminando”,
dejarnos llevar por el azar en el paisaje urbano, asumiendo el caminar como
posibilidad de transformar, recordemos a Francesco Careri “El acto de andar, si
bien no constituye una construcción física de un espacio, implica una
transformación del lugar y de sus significados, solo la presencia física del
hombre en un espacio no cartografiado, así como la variación de las
percepciones que recibe del mismo cuando lo atraviesa, constituyen ya formas de
transformación del paisaje que, aunque no dejan señales tangibles, modifican
culturalmente el significado del espacio y, en consecuencia , el espacio en sí
mismo”.
En este andar
azaroso lo importante no es descubrir la realidad sino descubrir las imbricadas
conexiones de las diversas situaciones sociales que aparecen en el recorrido y
que nos interpelan para ser registradas. Dicho registro se realizara a través
del dibujo y de una colección de palabras. Considerando que el dibujo al igual
que la literatura, es una manera de atrapar la realidad para transformarla. Así
mismo el dibujo como forma de registro demanda alertar nuestros sentidos, para
hacer de la experiencia un encuentro polisensorial, apoyado por artefactos que
podemos asumir como extensiones de nuestro cuerpo, como una lupa o unos
binoculares. Teniendo en cuenta las distintas posibilidades que la
representación ofrece para aprehender que la materialidad del dibujo presupone
una organización del espacio percibido -en todas sus escalas- mismo que
envuelve operaciones cognitivas. Que poseen una doble posibilidad: como
herramienta para representar lo percibido, como una forma de reconocer y
registrar la realidad y como un instrumento para prefigurar el futuro. El
dibujo y la complejidad, las escalas, lo diminuto y lo infinito, el recorrido
sensible, el dibujo como medio de re-conocimiento, de re-presentación. El
dibujo lenguaje y medio de notación (permanente o efímero). Entendiendo que la
complejidad de la realidad a través del dibujo puede atraparse en abstracciones
que posibilitan la especulación del mundo en su conjunto y no solo el mundo de
los objetos de la arquitectura o el paisaje sino de un universo donde todas las
escalas interactúan. El otro vehículo de acercamiento será la palabra, a la
manera de Perec y su “Yo me acuerdo”, con la intención de que la memoria
dinamice la experiencia.
Como parte
importante de la experiencia colectiva se plantearan las siguientes preguntas a
los participantes, ¿Qué dibujar? ¿Dónde dibujar? ¿Cuál el tamaño del dibujo?
¿Para quién dibujo? ¿Para qué dibujo? ¿Por qué dibujo? Y así más tarde poder
transitar del descubrimiento y descripción (a través del dibujo-palabra) a la
invención e imaginación (a través del dibujo y la palabra) y finalmente (des)
dibujar fronteras/inaugurar interfases, como una posibilidad de dar respuesta a
la polarización y abandono del periférico oriente. Porque la frontera es un
límite político administrativo, una línea imaginaria trazada violenta y
arbitrariamente en los territorios, generando tensión a diferencia de la
interfase que se constituye no como una línea, sino como un territorio de
encuentro, de acoplamiento de simultaneidad y yuxtaposición, al mismo tiempo o
de manera alternada de acontecimientos sociales, de encuentros armónicos, un
lugar que nos permite prepararnos para transitar a otro distinto. Porque la
interfase diluye polaridades, construye puentes, acerca, propicia el encuentro
y la convivialidad armónica, humana.
MATERIALES:
Para la
deriva: Tabla con broche, hojas blancas, papel sketch, lápices, cinta
adherible, plumones. Cámara fotográfica y de video.
Para el
trabajo en taller: papel sketch y/o kraft, plumones, pinceles, pinturas al
pastel.
8.
En la Universidad Autónoma
Metropolitana-Xochimilco, México (UAM)
Título:
Registro dibujístico y acuarelístico: lecto-escritura y paisaje
cultural. Contribución fugaz en busca del diseño.
Profesor
Responsable:
Vicente Guzmán Ríos
Institución:
Universidad Autónoma Metropolitana-Xochimilco
Local:
Campus de la UAM – Xochimilco – México, DF
Duración:
1 día
Fechas y
horários del Taller:
Ver programa
Público:
Estudiantes de arquitectura y/o design
Lugares
disponibles:
25 lugares
Resumen de la
propuesta:
Conviene
aclarar que al decir “leer la arquitectura” nos referimos a su fuerte carga
metafórica y en doble sintonía con Fabbri[2]
quien afirma que los textos no son solamente los escritos. Y puesto que los
ámbitos urbano-arquitectónicos contribuyen a la producción de imágenes, son
objeto de estudio de la semiótica.
Plazoleta y andador de San Cristóbal de las Casa
Chis, México, acuarelas de VG sobre libreta Moleskine.
Animados por
los afanes de retroalimentar las prácticas de investigación y de docencia y
convencidos de las bondades de la lecto-escritura como recurso metodológico
productivo y gozoso para interpretar y comprender la correspondencia entre la
forma física (configuración de los espacios urbanos y arquitectónicos en
adelante Esuar) y la forma social (modos de interacción y aprovechamiento de
aquellos) compartimos algunas experiencias conceptuales y prácticas con el
propósito de vigorizar el quehacer del diseño urbano-arquitectónico en sus
fases indagatorias de análisis y síntesis. El objetivo es aportar el empleo de
este instrumento de aproximación al estudio “anatómico” de los foros de acción
y la relación de las personas. Esto incluye analizar tanto el papel de una
sintaxis, características y categorías morfo-dimensionales[3]
de los componentes y los elementos articuladores así como su relación con los
materiales, complejidades técnico-constructivas, la mantenibilidad y las
peculiaridades sensoriales –visuales, auditivas, olfativas, sinestésicas y
cinestésicas[4]–
susceptibles de moldear los comportamientos. Y además, las expresiones y
efectos en la relación de las personas en y con los Esuar como el uso, la
apropiación y el agandaye. Para tal finalidad se proporciona al grupo una serie
de instrumentos como apoyo complementario de las actividades prácticas de
registro gráfico.
La
lectoescritura aplicada al diseño de los Esuar y sus posibilidades analíticas
de conocimiento, interpretación, comprensión y saber, permiten enfatizar la
relevancia de que en la relación de las personas en y con los Esuar no cabe su
desmembramiento puesto que hay una estrecha interacción permanente e ineludible
entre ambas partes. Afianza lo anterior la fragilidad de respuestas sesgadas
que consideran como implícito, ya sea a los Esuar o a las personas según la
disciplina, sociología y antropología o arquitectura y urbanismo frente a la
interrogante ¿el espacio dignifica a las personas o éstas al espacio? En ambas
consideraciones al desdeñar la explicitud, se soslaya cuanto arropan los
procesos de interacción. No es suficiente considerar que las relaciones de las
personas no pueden darse más que en el espacio y que éstas le otorgan sentido a
aquél. En la lectoescritura como esfuerzo indagatorio es esencial estudiar lo
implícito y explicitar analíticamente todo cuanto participa, así parezca ser
una obviedad a la mirada simplificadora o peor aún, desperdicio de tiempo.
Lo que se
pretende con estos cursos es incidir no sólo en el conocimiento y comprensión
de una porción urbana para su aplicación en el quehacer del diseño a través de
una propuesta de intervención, sino también en la microfísica social a través
de la acción de registro que lleva a cabo una persona no conocida, de fuera, en
un lugar determinado que pareciera no tener resonancias a través de la seductora
y provechosa práctica del registro gráfico que es recuperada como una técnica
cualitativa del método etnográfico, cuya dinámica supone la interacción del
ejecutante en y con el entorno y con las personas. Para tales efectos, se
proporciona al grupo, referentes conceptuales y metodológicos complementados
con instrumentos para la captura de la información que sirven de insumo para el
reporte final con apetencias etnográficas que se pide elaborar al grupo a
manera cierre.
Esquemáticamente
el curso consta de la siguiente estructura:
Programa
Día
|
Horario
|
Horario
|
|
1
|
16:00 Hs. Registro de asistentes.
16:15Hs. Intercambio direcciones electrónicas.
Dos pláticas:
16:30Hs.
Lecto-escritura y quehacer dibujístico y acuarelístico.
|
Preguntas,
receso y café.
|
|
18:30 Hs. El dibujo y la acuarela, instrumentos de apoyo a la investigación.
|
Preguntas y fin de la sesión.
|
||
Práctica de campo (Work shop)
|
10:00 Hs.
Plática:
16:30 Hs.
Lecto-escritura y práctica estética, aproximaciones metodológicas
cualitativas.
|
Preguntas y fin de la sesión.
|
|
3
|
Práctica de campo
(Work shop)
|
9:30 Hs. Acción de registro, exposición de
resultados y conclusiones grupales.
|
Preguntas
y brindis de honor.
|
A continuación
se incluye imágenes y el lazo de un video que dan cuenta del curso al cual fui
invitado a impartir como parte de un Diplomado de Arquitectura de Paisaje, cuyo
propósito es anteceder la organización de un posgrado en la Facultad de
Arquitectura de la Universidad de Autónoma de Chiapas, que fue la institución
patrocinadora.
El curso se
llevó a cabo del 10 al 12 de septiembre de 2015 y la sede fue la ciudad de San
Cristóbal de las Casas próxima a la capital del estado.
Los
participantes fueron 24 arquitectos: nueve mujeres y quince hombres.
En plena acción dibujística y acuarelística.
El
grupo.
9.
En la Facultad de Arquitectura y
Urbanismo, Universidad de Chile
Título:
Errare humanum est... Integrales urbanas por deriva(da)s
Profesores Responsables:
Mauricio Arnoldo
Cárcamo Pino, Académico FAU-UCHILE
Víctor
Alegría Corona,
Académico FAU-UCHILE
Profesor Invitado:
Mara Santibáñez
Artigas, Académica Facultad de Artes, UCHILE
Monitores:
Bruno
Delgado, ETSAM, Universidad Politécnica de Madrid
David
Cortéz, FAU-UCHILE
Institución:
Facultad de Arquitectura y Urbanismo, U de Chile (FAU-UCHILE)
Invitadas/os:
Facultad de Artes, Universidad de Chile. (FAU-UCHILE)
Localización:
Santiago de Chile, Región Metropolitana, Chile
Lugar
de reunión:
Patio Da Vinci — (FAU-UCHILE) Portugal # 84
Duración:
8 horas
Fecha
y hora:
Sábado, 21 de noviembre de 2015 entre 09:27 y 17:32hrs (Salida FAU: 09:00 hrs. / Salida del sol, 6:27am;
puesta del sol, 20:32 pm)
Público
objetivo:
Pregrado, FAU-UCHILE; Facultad de Artes - UCHILE
Cupos
disponibles:
50 participantes
Materiales
requeridos:
A definir por cada participante
Valor
adhesión:
Gratuito
TEMÁTICA
A partir del lema del encuentro,
«(des)desenhar fronteiras/ (des)dibujar
fronteras/ inaugurar fronteiras/ inaugurar fronteras», se
propone como modo, la «deriva/phalène» para
un abordaje y reconocimiento de la ciudad (cada ciudad sede), desde el concepto
de frontera, no tanto como una línea
demarcada que separa cosas diferentes, sino mas en el sentido antiguo (y
ampliado) de término, como “limex”,
aquella extensa faja fronteriza que delimitaba, de forma difusa, un territorio
del Imperio Romano. Un territorio, este del limex,
poco definido y por cierto, circunstancialmente mutable, todavía cultivado. Un
espacio que disfrutaba del intercambio entre integrados y desintegrados,
entre civitas y barbarie, donde fue posible crear las condiciones de florecimiento
de una sociedad menos condicionada por el modelo dominante de interpretación
del mundo y todavía abierta a nuevas percepciones y descubrimientos. Definitivamente
un territorio que precisa ser (des)dibujado
e inaugurado día a día.
DERIVA
TEÓRICA
"El andar condicionaba la mirada, y esta condicionaba el andar, hasta
tal punto que parecía que sólo los pies eran capaces de mirar".
ROBERT SMITHSON citado en (GÓMEZ
VARGAS, 2003)
«Según Siegfried Giedion, el nacimiento del primer volumen en el espacio
era representado en la cultura egipcia con el mito del benben, «‘la piedra que emerge por vez primera del caos’, un monolito que habría
representado la petrificación vertical del primer rayo solar y que iría ligado
a la simbología de los menhires, los obeliscos y las pirámides» (CARERI, 2014).
«El primer objeto
situado del paisaje
humano nace directamente del universo del errabundeo y del nomadismo. Mientras
el horizonte es una línea estable más o menos recta en relación al paisaje
donde se encuentra el observador, el sol sigue una trayectoria más incierta,
puesto que realiza un movimiento que sólo parece claramente vertical en sus dos
momentos más cercanos al horizonte: el alba y el crepúsculo. Es probable que
fuese para estabilizar la dirección vertical por lo que fue creado el primer
elemento artificial del espacio: el menhir»
(CARERI, 2014).
«La palabra 'menhir' proviene del dialecto bretón y significa
"piedra larga" (men = ‘piedra’, hir = ‘larga’). La erección de un
menhir representa la primera transformación física del paisaje de un estado
natural a un estado artificial» (CARERI, 2014). «Los menhires aparecen por vez primera en
la era neolítica, y constituyen los objetos más sencillos y más densos de
significado de toda la Edad de Piedra. «El menhir, el primer objeto del paisaje a partir del
cual se desarrolla la arquitectura, procede de los cazadores del paleolítico y
de los pastores nómadas. […]. Su
levantamiento constituye la primera acción humana de transformación física del
paisaje: una gran piedra tendida horizontalmente en el suelo y, sin embargo,
tan sólo una simple piedra sin ninguna connotación simbólica. Pero su rotación
de noventa grados y el hincarla en la tierra transforman dicha piedra en una
nueva presencia que detiene el tiempo y el espacio: instituye un tiempo cero
que se prolonga hasta la eternidad, así como un nuevo sistema de relaciones con
los elementos del paisaje circundante» (CARERI, 2014).
Así entendido, pareciera ser que lo cívico de
la cívitas está íntimamente ligado con
la concentración letrada humana, con la
reunión en torno un punto (teórico al menos), un punto que se significa, se
verticaliza y se densifica. La sobreposición tautológica de menhires, el erguir porfiado de ‘perdas litteradas’ como practica social, comunicativa y
constructiva que se opone a la extensión del horizonte bárbaro, pareciera
definir la urbanidad humana. La barbarie
por contraste, apela a la dispersión, a la extensión y a la horizontalidad, tiende
a la entropía y la mixtura de materia, gravedad y geografía.
¿Cómo recorrer ese limex sin conocer sus formas? ¿Cómo re-presentarlo si no se le mide,
se le compara o limita? ¿Cómo mirar de nuevo si no se está perdido?
EL
WORKSHOP
«Importa poco no saber orientarse en una ciudad. Perderse, en cambio, en
una ciudad como quien se pierde en el bosque, requiere aprendizaje. Los rótulos
de las calles deben entonces hablar al que va errando como el crujir de las
ramas secas, y las callejuelas de los barrios céntricos reflejarle las horas
del día tan claramente como las hondonadas del monte» (BENJAMIN, 1982)
Considerando por una parte, la Deriva[1]
(comportamiento lúdico-constructivo) y la Phalène[2]
(acto poético/plástico) como modos experienciales
de hacer, y por otra, asumiendo la cuidad como objeto a problematizar desde
su frontera difusa (limex) entre lo cívico y la barbarie; el Workshop se sitúa como una acción colectiva de
aprendizaje por tanteo, una deriva exploratoria y de errabundeo (re) presentacional, lúdica, poética y plástica, que hurga entre la cívita cognitiva y la barbarie visceral.
Se propone la realización de una sección —corte conceptual— que diseque radialmente
el binomio ciudad/territorio y evidencie con ello, no solo
la relación entre centro-periferia sino que devele sus intermedios, el ‘entre’ que nos interesa. Se piensa un
errabundeo que conecte centro y periferia vinculando el máximo menhir de Santiago de Chile, con la
horizontalidad de la barbarie, allí donde la geografía simplemente acontece.
El orden “lógico” sugiere ir desde el centro a
la periferia, sin embargo, este sigue siendo fundado desde la comodidad de lo
urbano. Por lo anterior, hemos decidido invertirlo, salir de nuestra zona de
confort seccionando desde la periferia al centro, desde el estar perdido al re-orientarse
de nuevo, esta vez de forma diferente, un viaje desde lo cultivado espontáneamente al falo máximo de la urbanidad.
En los dibujos de contornos escuetos de Nicolaïdes, el lápiz divaga libremente sobre
el papel, dejándose llevar por la percepción directa ojo-mano sin pasar por el
pensamiento, reinventando el trazo en encada movimiento y desde el propio
movimiento. De igual modo y rimando con esa manera de dibujar, la deriva
propuesta especula entre lo territorial y lo urbano, entre la certeza nítida y
la duda fisgona, ambas constituyentes del
limex que da soporte existencial a integrados y desintegrados, a la ciudad collage que compartimos imbunches[3]
y señores.
El workshop hipotetiza exploración en dos nivel: como ejercicio
y como intervención: puesto que
interesan de igual modo tanto los productos y/o representaciones obtenidos de
la ciudad, como la acción (re)presentacional misma de derivar urbanamente en
sección.
Cargaremos solo nuestros lápices, papeles,
algunos artefactos de registro y algo de comida, suficientes pertrechos para
intensificar el (auto) abandono errabundo que buscamos.
Caben en nuestra transurbancia, la deriva situacionista de Debord, el andar como práctica estética de Careri y
la Paléne de Iommi como acto poético/plástico
urgente. En nuestros intentos de seccionar, invitamos a tantear curiosos la Ciudad collage de Colin Rowe, los imbunches urbanos y sus barrios tuertos descritos por Franz, a explorar los lugares de Bauman y los no lugares de Augé, el espacio basura de
Koolhaas y otras tantas especies de espacios aún no hallados por Perec.
Invitamos a pesquisar en nuestros trazos sobre el papel — y la ciudad—, la cualidad sin nombre de Christopher
Alexander, la qualia o genius loci del espacio limex.
Ver bibliografia con los responsables.
[1] «Entre
los diversos procedimientos situacionistas, la deriva se presenta como una técnica de paso ininterrumpido a través
de ambientes diversos. El concepto de deriva está ligado indisolublemente al
reconocimiento de efectos de naturaleza psicogeográfica, y a la afirmación de
un comportamiento lúdico-constructivo, lo que la opone en todos los aspectos a
las nociones clásicas de viaje y de paseo» (DEBORD,
1958) .
«La deriva es un modo de comportamiento experimental ligado a las condiciones
de la sociedad urbana […]. Se usa también más específicamente para
designar la duración de un ejercicio continuo de esta experiencia» (INTERNATIONALE
SITUASIONNISTE, 1958)
«Una o varias personas que se
entregan a la deriva renuncian durante un tiempo más o menos largo a las
motivaciones normales para desplazarse o actuar en sus relaciones, trabajos y entretenimientos
para dejarse llevar por las solicitaciones del terreno y por los encuentros que
a él corresponden . La parte aleatoria es menos determinante de lo que se cree:
desde el punto de vista de la deriva, existe en las ciudades un relieve
psicogeográfico, con corrientes constantes, puntos fijos y remolinos que hacen
difícil el acceso o la salida de ciertas zonas» (DEBORD,
1958)
[2] La
Phalène (Falena) toma su nombre de
una mariposa nocturna (polilla) que vuela hacia la luz donde se quema. «Es una
suerte de Acto o Juego Poético, que se realiza entre varios, en algún lugar de
la ciudad o del campo. Pueden participar en ella la gente del lugar o
transeúntes. En el grupo debe estar presente, eso sí, un poeta que en cierta
medida hace de cabeza. El resultado de la Phalène es algún género de poema, o
un hecho plástico» (CRUZ
PRIETO, 1993) .
Es una forma de poesía inspirada en el lema del Conde de Lautreamont "la
poesía debe ser hecha por todos".
Transcribimos a continuación
el relato de Favio Cruz Prieto de una conocida Phalène realizada en Francia:
«
[…] voy a contarles, lo que ocurrió en
una Phalène hace ya mucho tiempo, en Francia, cuyo relato conocí (yo no estaba
allí). […] Yendo por el campo
francés, no lejos de París, en dos autos, va el grupo de unas 8 personas que se
habían dado cita para realizarla.
En
un momento dado, ante una peculiar luminosidad que se produce en una loma, uno
de los participantes pide detenerse (regla de Phalène), para realizar el acto
poético. Se bajan de los autos y avanzan por la loma; tras la pendiente, en
medio del campo arado, aparece un árbol solitario.
Van
hacia él, y lo rodean formando un círculo. Allí los poetas que participan
recitan, de memoria, algunos poemas. Dice el relato que “elogian” así al árbol.
Luego el Poeta que hace de cabeza, pide a los tres artistas plásticos que
participan, que hagan ellos también, desde su oficio, algún signo (este será su
modo de Elogiar). No teniendo ningún medio entre sus manos, y en la urgencia
del acto poético y en medio de su silencio, cogen una piedra relativamente
grande que está cerca, la trasladan, la levantan y la colocan aprisionada entre
los ganchos que se abren del tronco.
Entonces,
dice el relato, los que estaban ahí quedaron perplejos, anonadados, atónitos,
porque “vimos al árbol como por primera vez”» (CRUZ
PRIETO, 1993)
Uno de esos artistas plásticos
participantes de tal Phalène era Francisco Méndez Labbé quien aporta algunos detalles mas:
«Estábamos una mañana, bastante fría, en un
campo de Francia, en los alrededores de Veselay, llevados por la invitación del
poeta Godofredo Iommi […]. Éramos
varias personas: poetas, filósofos, intelectuales, yo y otro pintor.
Estábamos
en medio de un campo recién labrado, de oscuro color tierra de Siena tostada,
rodeado de leves lomajes que extendían la suave campiña francesa en tonos
verdes, celestes, amarillos claros.
En
medio de esta extensión se alzaba un árbol grande de forma bastante precisa, un
ciruelo.
Se
hace la ronda poética alrededor del árbol; los poetas nos invitan a la ronda, y
terminado el acto, Godofredo Iommi se dirige a nosotros dos, los pintores, y
nos dice: «Bueno, ahora les toca a ustedes», y nosotros ahí al medio. Entre que
nos bajó la furia —¿cómo nos pide que hagamos algo, sin pinturas, sin telas?
¿qué se hace? En medio de nuestra desesperación, nos acercamos al árbol, yo veo
una gran piedra blanca, enorme. Le pido a mi amigo pintor, que nos ayude a
ponerla arriba del árbol, donde se bifurcan las ramas. La colocamos, nos
alejamos un poco para ver el efecto, y vemos que había aparecido algo. La
piedra arriba en el árbol, el hecho insólito que estuviese allí donde estaba,
daba cuenta de la aparición de un hecho plástico. No sólo nosotros dos, sino
todos los que estaban allí, lo reconocieron.
Le
sacamos fotografías, y todo el que las ha visto hasta hoy día, también lo
reconoce.
Cuando
descubrí la piedra, estaba todavía en el entendido convencional de la pintura.
El ciruelo podía ser mi caballete, la piedra el soporte sobre el cual trataría
de insertar algún signo.
Pero
cuando la levanté y la pusimos ahí arriba, se impuso por sí misma que quedara
así y que no iba a ser otra cosa que lo que había ahí.
Se
había producido el transcurso o el paso de una relación entre una situación que
quería ser pictóricamente convencional a una situación pictórica albergada por
la poesía.
Y
sólo puede haber aceptación de este transcurso, cuando la pintura tiene un
horizonte, o como dice Braque, un objetivo, que es «lo poético». (MÉNDEZ
LABBÉ, El cálculo pictórico, 1984)
[3] «El invunche o imbunche,
del mapudungun ifünche, es un ser de
la mitología mapuche y chilota. Es un «monstruo
originado en un
ser humano que los brujos
tienen como custodio de sus cuevas
y como patriarca de sus aquelarres» (CÁRDENAS
ÁLVAREZ, 1998). «Por extensión,
se amplió al invunchaje y el invunchar aplicándose conceptualmente por
ejemplo, a un nudo Giordano, o a la relación incestuosa de piezas urbanas, como
lo hace Carlos Franz en «La muralla enterrada» (FRANZ, 2001) . Es entonces el
imbunche, abstraído ya del ser mitológico, un concepto que denota una operación
por mutación y/o collage, por deformación y/o adición, por supresión y/o reemplazo. Una operación incestuosa y
controvertible, intencionada y promovida por algunos que impresiona y afecta a
otros» (CÁRCAMO PINO, 2015) .
Felicito el trabajo de los y las organizadoras. Una buena oportunidad para insistir en nuestras convicciones académicas de carácter científico y estético. Saludos cordiales desde México, DF.
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